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Sim, Paulo Cruz, é sobre você

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Conheci o Paulo Cruz naquele debate desastroso que a Jovem Pan tentou promover no Dia da Consciência Negra. Ao convidar um comediante, o Yuri Marçal e não outro professor, ficou claro que a Jovem Pan não estava interessada em promover uma discussão séria, mas, sim, montar um circo midiático com dois homens pretos. Em resposta, Yuri foi vestido de branco, num estilo Acerola, e só concordava com tudo o que Paulo Cruz dizia. Apesar de discordar de várias opiniões de Paulo Cruz, tento não ignorar vozes divergentes, mesmo aquelas que me causam incômodo ou raiva. É por isso que, de vez em quando, acabo lendo o que a Gazeta do Povo tem a dizer. Mas confesso que, depois de toda a campanha que o jornal fez incentivando uma espécie de “caça às bruxas” contra a pesquisa acadêmica brasileira, minha frequência como leitora despencou. Hoje, só vejo algo do jornal se aparece por acaso, geralmente nas sugestões do navegador do celular. Foi assim que, semana passada, me deparei com um título que c...

"El meme es el mensaje": reflexões sobre o herói semanal das redes sociais

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 Essa semana a Internet e o mundo corporativo — nem tanto — parou por conta de um assassinato. Se você é usuário de qualquer rede social, já deve ter visto vários memes com as fotos do suposto assassino — suposto porque se nem a justiça condenou ainda, quem sou para julgar trocadilho infame . O que me incomoda nessa história toda não são os agentes da notícia ou a notícia em si. Na real, até cheguei a acreditar que a galera poderia fazer um paralelo entre a minissérie Irracional que saiu recentemente na Netflix porque — spoiler — também há morte de um bilionário por "justiceiros".

Meus pais serem separados meio que salvou minha vida

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Depois de uma sessão com a minha psicóloga descobri isso. Não que eu não queria elaborar, eu só não posso. O que era para ser o meu maior trauma de infância, me livrou de coisas piores. Nem todo mundo tem a mesma sorte. Ela me disse uma coisa que minha irmã me dizia... o que é engraçado que depois de “adulta” [1] , minha irmã voltou a ser minha melhor amiga. Perdemos esse laço na adolescência, mas voltar a morar longe fez com que voltássemos a nos comunicar. No passado, a distância fez com que parássemos de brigar também porque sentíamos saudades. “Se ele está comigo, é porque me escolheu”, parece bobo, mas é difícil convencer o meu quase complexo de inferioridade. Parece uns devaneios aleatórios..., mas a realidade é que tenho medo de me expor. Mesmo que seja para ninguém. Tchau, ninguém! [1] é estranho, mesmo aos quase trinta anos, parece que ainda não sou Adulta.

Caramujo africano

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Um surto desencadeado por uma gaveta. Mas sei bem que não foi por isso. É um acúmulo de situações. De ignorar o que está bem na sua frente. Ontem eu quis morrer mais uma vez. Morrer para essa forma como estamos vivendo. Morrer para acabar logo com isso... Com as coisas que me matam. Mas morrer beneficiaria a quem? Meu corpo transladado talvez só trouxesse sofrimento. E não é com você que me preocupo. Não é bem esse "de volta para minha terra" que eu queria. Entretanto, eu nem sei se tem volta. Volta. Voltar atrás o que nem deveria ter saído. Ou começado. De todos os gritos que eu dou, o de "socorro" é o que você nunca escuta.

Panetone

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O cérebro humano é um dispositivo muito engraçado. Quando você mais precisa dele para criar coisas, ele simplesmente não funciona. Te faz ficar dando voltas e voltas e voltas e voltas. Quando você fica chateado com alguma coisa, o teu cérebro faz questão de lembrar de todas as coisas que podem piorar a chateação. Lembra do dia que você comeu todo o meu panetone e disse que compraria outro e não comprou? Então, eu me lembro. Ou meu cérebro enfatiza essa lembrança. Talvez aquele dia em questão fosse o estopim. Eu só não interpretei dessa forma na época. Apesar de gostar muito de panetone, o que me chateia não é falta do alimento em si, mas a maneira como você reagiu. Ou melhor, a maneira como você reage mediante as minhas questões. Toda vez que eu tenho questões a serem discutidas ou apresentadas, você reage de modo hostil. Como se eu estivesse errada por simplesmente agir como um ser humano. Igual o dia que você se irritou por eu estar irritada. Aquele foi o verdadeiro ápice. Eu deveria...

O retorno de quem nunca se foi

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Silêncio. Não há nada que eu possa fazer para silenciar os pensamentos que tenho. Talvez eu só quisesse ser livre, como um pássaro que não se preocupa com que há de fazer no amanhã. Amanhã. Ou depois... Quem sabe? Quem sabe o que acontecerá, depois do dia que tudo acabar. Às vezes queria que acabasse, terminasse de vez o que nem deveria existir. Pausa, penso, pausa, falo, grito, choro. Tudo e nada. É o poço mais fundo da minha alma. Quem sabe escasso, quem sabe seco. Quem sabe? Morrer já não parece mais tão feio. Olha aí ela voltando,  Vem com força a maldita. Maldita hora que abri a janela e deixei a luz entrar.  Bendita hora que fechei a porta para não te ouvir gritar. Não tenha tanta certeza, quem a tem, cai de esperteza. Isso aqui nem era para rimar.  Eu nem sei o que eu quero. Nem sei o que dizer. Você me tira do sério e faz minha alma perecer. Que merda de rima chata, fica pairando na minha cabeça. Talvez eu seja um pouco louca. Me desculpa, meu caro mestre, não con...

Sentimento

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Se a culpa é minha, por que sinto um vazio? Se a culpa é minha, por que parece que não? Se a culpa é minha,  qual seria a solução? Se a culpa é minha... onde está a linha que alinha? Pretérito mais-que-perfeito se eu tivesse autossabotado se tu tivesses autossabotado se ele, ela, você tivesse autossabotado se nós tivéssemos autossabotado se vós tivésseis autossabotado se eles, elas, vocês tivessem autossabotado