A insustentável leveza (e os pesos) de um clássico
Cena do filme A insustentável leveza do ser Ontem, finalmente, fechei a última página de A insustentável leveza do ser, de Milan Kundera. "Finalmente" porque essa história entre nós começou em 2016, quando uma professora de Fotografia, da época em que me arrisquei a fazer jornalismo, recomendou o filme. E eu gostei — por incrível que pareça — tanto que assisti mais de uma vez. Três anos depois, já migrando para Letras porque havia trancado o primeiro curso, encontrei o romance na biblioteca da faculdade. Comecei a ler, no entanto, o prazo de empréstimo venceu palmas para ele , e o livro voltou para a estante sem que eu o terminasse. Em 2025, já no final do mestrado, uma dor de cabeça insistente me levou a Goiânia para realizar um exame. Enquanto esperava o ônibus de volta para minha cidade, dei de cara com o livro novamente, dessa vez, em uma pilha de doações de uma Biblioteca Pública. Peguei-o e pensei: "agora vai". E fui. E entendi por que havia desistido ant...