O retorno de quem nunca se foi


Silêncio.
Não há nada que eu possa fazer para silenciar os pensamentos que tenho.
Talvez eu só quisesse ser livre, como um pássaro que não se preocupa com que há de fazer no amanhã.
Amanhã.
Ou depois...
Quem sabe?
Quem sabe o que acontecerá, depois do dia que tudo acabar.
Às vezes queria que acabasse, terminasse de vez o que nem deveria existir.

Pausa, penso, pausa, falo, grito, choro.
Tudo e nada.
É o poço mais fundo da minha alma.
Quem sabe escasso, quem sabe seco.
Quem sabe?
Morrer já não parece mais tão feio.

Olha aí ela voltando, 
Vem com força a maldita.
Maldita hora que abri a janela e deixei a luz entrar. 
Bendita hora que fechei a porta para não te ouvir gritar.

Não tenha tanta certeza,
quem a tem, cai de esperteza.
Isso aqui nem era para rimar. 
Eu nem sei o que eu quero.
Nem sei o que dizer.
Você me tira do sério e faz minha alma perecer.

Que merda de rima chata,
fica pairando na minha cabeça.
Talvez eu seja um pouco louca.
Me desculpa, meu caro mestre,
não consigo te esquecer
a métrica não me serve
fico grata por você,
aparecer
e desaparecer.

Minha fábula é tão intensa
deveria escrever.
Meu sorriso é tão vasto,
Mas a tristeza é mais certeira
faz o peito adoecer.

Silêncio
Eu preciso de silêncio.
Que ele não me leia!



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