Reflexão de um "eu" que não faz mais textão

Tive uma dor no peito hoje. Não de infarto ou ansiedade, mas uma dor de nostalgia. Ao finalmente ler o poema "Morte e Vida Severina", lembrei de quando escutei pela primeira vez em uma aula de história ou sociologia, pois a professora era a mesma, a música "Funeral de lavrador". Senti a mesma dor ou recordei do que senti na época e chorei.

Aos quinze anos, meu coração pulsava por uma justiça social, não que hoje não o faça, mas sentia que deveria fazer alguma coisa. Agora, dez anos depois, ainda desejo fazer alguma coisa, porém não consigo fazer nada, nem pela minha própria vida. Parei de lutar pelos meus próprios sonhos ou por aquilo que um dia eles foram e adotei uma nova perspectiva: a de não ter nenhuma.

Talvez o problema seja que não me encaixo em lugar algum. Parece que para nós acadêmicos, fica o dever de só apontar as denúncias que os autores fazem. E para nós artistas, fica a busca por um espaço de denúncia. Mas não me vejo nem como artista, nem como acadêmica, pareço ser apenas alguém que transita na terra, sem saber para onde ir ou onde está o seu tão sonhado espaço. Ou talvez eu seja só uma farsa do que já fui um dia ou pensei que fosse.


"Só água na geladeira e eu querendo salvar o mundo". Pois é Emicida, a gente não consegue mudar nada sem antes olhar para a própria vida...

Comentários

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