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Mostrando postagens de outubro, 2014

#SomosTodosNúmeros

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Você acorda pensando que hoje é o dia, por ser o último dia do ano que irá as urnas. Então, bate aquele sentimento que te faz pensar que acordou para mudar algo. No entanto, esse tal sentimento é massacrado assim que você chega ao local de sua seção. Você nota que não passa de alguém esperando na fila. De repente, vê seu nome em uma lista, mas ele é facilmente transformado em números, pois é a única forma de você ser liberado para definitivamente votar. Não existe nada mágico nisso tudo, no final, tanto faz se você tem argumentos plausíveis sobre o que você pensa ser o melhor. O único modo se expressar é transformando toda a sua capacidade argumentativa em um único número. Pluft! Você exerceu seu papel como cidadão teclando meros números.  Depois de tudo, só resta a você esperar ansiosamente pelo final do dia, no qual, talvez você se torne um 0,00000000001% da taxa de quem votou no seu candidato. Ficamos conformados porque é  exatamente  assim que decidimos...

Na real, o que querem que eu faça?

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    Vivo em uma sociedade super consumista, na qual consumir é muito mais valioso para o sistema do que eu mesma. No entanto, as pessoas ainda querem que eu seja consciente. Há momentos que desejam que eu reflita sobre a vida e pense a longo prazo, mas tudo o que me oferecem é o imediatismo. Querem que eu seja mais crítica e menos alienada, mas tudo o que me oferecem são inverdades em forma de jornalismo. Querem que eu ame meu país, mas que eu ame como os norte-americanos amam sua pátria. Querem que eu pense no próximo, mas me oferecem um egoísmo quase inato. Querem que eu seja verdadeira, mas dizem por aí que a verdade dói. Querem que eu me ame, mas gritam todo o dia como devo ser. Querem que o meu consumo seja consciente, mas falam isso em 30 segundos, os outros 4 minutos e meio, aproveitam para mostrar como consumir insanamente. Querem que eu pense, mas me oferecem a Globo. Querem que eu siga meus sonhos, mas sem fugir da realidade absoluta. Querem ...

Medo, a palavra assustadora

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Começou o horário de verão, isso significa que está se aproximando a época em que o cérebro automaticamente se acostuma com todo o ritual comercial que rodeia o Natal. Se prepare para  o golpe do século  as mesmices de sempre. Daqui a pouco, começa a circular aquela música que diz: “todos os sonhos serão verdade”. Serão mesmo? Às vezes parece que os sonhos nunca deixarão de ser meros sonhos. A vida ou o medo não permite que eles se tornem verdade? Às vezes, você acorda de manhã e percebe que a vida não é um sonho. A vida não é um filme. A vida é... Oras! Eu sei exatamente como é um sonho ou um filme, mas eu não sei dizer como a vida é. Talvez, ela seja o real, mas o que é real? O real seria o balde de água fria que congela nossos sonhos ou o medo é o balde? Por aí se canta que "o medo cega os nossos sonhos", isso é tão real que amedronta. É compreensível que o medo afoga até os excelentes nadadores. Além disso, já dizia o poeta: "Provisoriamente não cant...

Estranhezas

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Um sentimento estranho domina meu coração quando penso que falta exatamente um mês para eu deixar de ter 18 anos. Na realidade, essa história toda de aniversário é completamente estranha. Uma vez que nesses momentos ficamos totalmente nostálgicos   pelo menos eu fico  e passamos a pensar no tempo. O tempo é tão esquisito. Esquisito porque é completamente doido pensar que há 18 anos, meus pais mal viam a hora de eu completar um ano de vida. No entanto, também é muito estranho pensar que há um ano eu mal via a hora de completar 18. Para falar a verdade, eu queria era ter idade suficiente pra que She will be loved fosse minha música.  Desenterrando a verdade, eu realmente esperava que um dia fosse ver o Johnny Depp tocando violão enquanto o Adam Levine canta a música e o Chris Evans me abraça ou algo do tipo.   Okay apague isso de sua memória!   Quando era menor achava um máximo ter nascido em um feriado. Gostava de imaginar que minha mãe estava em al...

Mesmices

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Ela estava esperando no ponto como de costume. Ao entrar no ônibus estava desanimada, pois sabia que seria mais um dia, mais um pouco dessa rotina desgastante. Talvez fosse melhor nem ter acordado, pensara. Tudo estava acontecendo conforme a normalidade de todos os dias. Até ela ver o cobrador mais lindo que já tinha visto até o momento. Na verdade, ele era o cara mais gato de toda sua vida. Respirou fundo e agiu naturalmente, conforme a rotina. Sentou em um banco estratégico, no qual ela conseguia observar o moço. Passou uma boa parte do trajeto imaginando qual seria a vida do cobrador, se era solteiro, se gostava das mesmas coisas que ela, se... se... Oras! Onde estava com a cabeça? Era só falar com ele. Algo a prendia na cadeira, não encontrava coragem para levantar. Afinal, o que falaria? “Prazer, meu nome é te achei muito gato, tem namorada?”. Pelo amor de Deus, ficarei aqui mesmo sentada até momento da minha descida. Não conseguia parar de observar o cobrador. Parecia...

Só não repare a bagunça!

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Ao lembrar de quando era criança que não foi a muito tempo , recordei que eu quase sempre tentava entender porque meu nome era meu nome. Imaginava como seria se tivesse outro nome. Às vezes também tentava me ver como outra pessoa, por mais que me sentia esquisita nesses momentos, sempre achava que os outros também faziam o mesmo.          Não sei por qual razão lembrei disso, contudo este pequeno devaneio comprova que minhas crises de identidade existem desde muito cedo. Analisando aprofundadamente, existiu uma época em minha vida que eu queria trocar de nome. Para falar a verdade, foi mais de uma. Quando era menor, queria trocar meu nome porque ele não era comum e eu achava estranho quando alguém me chamava. Até hoje às vezes acho estranho quando alguém diz “Janaína”, pois acostumei só com “Jana”. No entanto, se a pessoa me chama de “Jana” todos os dias, tenho uma leve sensação estranha quando ela fala “Janaína”. Além disso, acho mais e...