Tão... fascinante!
Um inseto espatifado em um para-brisa, essa era a definição perfeita para o modo como ele se sentia. Pensou em todos os seus amores perdidos, incorrespondidos ou impossíveis. De todas os sentimentos que já o atormentara esse, com toda a certeza, era o pior. Seu coração doía como lhe dói o estômago quando ele está vazio. Aquela dor o consumia como aquele inseto outrora sugava todo o néctar de uma flor. Fazia quase um mês desde a última vez que vira Laura. Estava perdido sem ela. Parecia que ninguém no mundo era mais interessante que ela. Ninguém possuía um jeito de falar sobre tudo tão cativamente bem. Quando conversava com ela, sentia que o mundo inteiro havia sucumbido. Não ouvia mais nada somente o som daquela voz doce e aconchegante. Havia guardado em seu coração cada palavra exuberante que ela falava. Era capaz de reproduzir quase todas as conversas que tivera com ela. Aah Laura, Laura... Por que suas palavras são tão fascinantes? Mas agora, palavras não era...