[...] nem na China



Andei pensando nas reviravoltas da vida. Não especificamente da minha vida porque não há quase nenhuma, mas  pensava na vida como um todo.
As coisas acontecem tão repentinamente. Hoje você está aqui e, de repente, não está mais. Você se acostuma com as coisas, de repente, tudo muda. Então, nós percebemos que não temos controle de nada, pois a mudança ocorre sem ao menos pedir licença.
Acostumados com a rotina, nós nunca lembramos que o “amanhã pode nem chegar”. Talvez, isso seja mais clichê que casas enfeitadas nessa época do ano, mas, volto a dizer, nunca lembramos. Sempre esperamos algo drástico acontecer para começar a refletir sobre a imprecisão da vida. Contudo, depois de um certo tempo, voltamos a viver normalmente. 
Há uma probabilidade das teorias do David Hume estarem certas. O Sol pode não nascer amanhã ou a gravidade não exista de fato. Talvez, as cosias aconteçam todos os dias da mesma forma porque acreditamos que elas acontecerão, então quando elas mudam o nosso mundo para.
Eu não sei exatamente o que estamos esperando para começar a pensar que a vida é passageira. Não com o objetivo de viver insanamente, mas para refletirmos se realmente vale a pena deixar as pendências para resolver depois, uma vez que o depois pode nem chegar.
Talvez, o que  não nos deixa pensar de outro jeito seja porque há um outro clichê impregnado em nosso subconsciente: “nunca vai acontecer comigo”.  Deveríamos banir o clichê de nossas mentes, mas talvez isso nunca aconteça nem aqui, nem na China.                                

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