Borboletas coloridas
As coisas são tão mais fáceis quando
se é criança. Quando você cresce, o mundo deixa de ser tão colorido. Como
acontece naquele episódio de As meninas superpoderosas. No entanto, o palhaço
que deixa tudo cinza, no nosso caso, é o tempo.
As crianças são seres capazes de
ficarem felizes por coisas relativamente normais. Como por
exemplo: subir em um ônibus. Observava uma menina toda feliz puxando o seu pai parecia
que ele era seu pai para pegar a condução que a levaria a algum lugar.
Subitamente, lembrei de uns tempos atrás quando a coisa que eu mais amava no
mundo era viajar de ônibus. Mas, de repente, você cresce e aprende que se
locomover de carro é mais rápido do que de ônibus.
Particularmente, enquanto
adolescente, eu ainda curto viajar de ônibus. Tirando a parte que odeio sentar
com estranhos fico achando que todo mundo vai furtar minhas coisas
porque quando senta alguém do seu lado, se estiver de fones, você não pode
cantar junto. Ao invés disso, fica se segurando e torcendo para o dito cujo
descer bem antes de você.
Crescer é ruim, de certo modo. Seus
olhos não brilham mais por pequenas coisas ou brilham ainda depende da
pessoa, talvez. Você não consegue mais se fascinar com a beleza de uma simples
borboleta. Também não sente mais aquele prazer enorme quando chove granizo ou
aparece o arco-íris no céu. Há mil coisas mais importantes que ocupam todo o seu
dia.
Com quase toda a certeza, a solução
para esses tipos de pieguices, talvez seja a mesma que no episódio citado
anteriormente: o amor. Pois, “só o amor
faz o mundo andar”. Mas não devemos cair na hipocrisia das meninas que
cantam sobre o amor, contudo espancam o pobre palhacinho no final.
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