Do heroísmo ao altruísmo (des)necessário
Assistindo a Ender's Game - O Jogo do Exterminador, eu notei que nunca parei para pensar no altruísmo que envolve o mundo dos super-heróis. Olha que eu já assisti a animação do Hércules um milhão de vezes. Para ser um verdadeiro herói, basta renegar sua própria vida em prol da humanidade.
No longa-metragem, você acompanha o que eles chamam de formação de um líder, mas, na realidade, eles estão tentando formar heróis que sacrifiquem sua própria vidinha infantil para salvar o mundo.
No desenrolar do enredo, eu fiquei tentando imaginar um mundo sem heróis, sem HQs ou filmes que contem a vida de alguém com superpoderes
ou alguém podre de rico, mas é difícil. Parece que as pessoas precisam acreditar nisso. Acreditas nesse altruísmo, mesmo que seja ficcional.
Estou tentando problematizar a coisa toda, entretanto parece que minhas incógnitas já foram pensadas e respondidas. Por exemplo: "os heróis são necessários, mas poderiam ser menos perfeitos", então fizeram o anti-herói; "a sociedade é tão corrompida, vale a pena o altruísmo?", então fizeram o Watchmen.
Talvez a criação do Motoqueiro Fantasma fosse para ironizar essa questão heroica. Uma vez que os heróis não fazem um pacto até onde sabemos, mas são obrigados a esquecer o amor, a família, os amigos e etc. Agora tudo faz sentido, desde a separação do Peter e da Mary Jane em Homem-Aranha III, até as crianças serem obrigada a esquecer da vida na Terra em Ender's Game. Todavia, eu nunca esquecerei as lágrimas que derramei por causa do casal citado anteriormente.
A vida precisa dos super-heróis porque a sociedade precisa de pessoas admiráveis. O Capitão América, por exemplo, ele é admirável não por sua beleza, digo, força física, mas por causa da força de seu coração. Um tanto quanto clichê, no entanto, real.
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