Devaneios que não bastam




Estava cansada de si mesma.
Olhou para cima e tentou encontrar uma resposta...
Estava disposta a agarrar, com todas as forças, qualquer coisa que desse sentido a tudo aquilo.

Suas costas doíam. E como doíam. Sentia que carregava o  peso do mundo em seus ombros.
Um peso que a fazia cair.
Cair... cair... cair... cair... cair...


Deitada no chão, refletia sobre seus jeitos.
Deitada no chão, sentia o mundo desmoronar.
Deitada no chão, buscava a raiz de todos os seus problemas.

Pelejou, pelejou, pelejou e não chegou a lugar nenhum.

Odiava aquele sentimento. Não, odiava a si mesma.
Queria fugir. Para onde iria?
Para casa? Casa?
Queria fugir de si mesma. Fugir de todas as suas fantasias.
Queria encontrar um lugar seguro que fosse bem longe de sua própria mente.

Abriu a porta, observou a lua.
A lua. Tão bonita. Tão incrivelmente bela.
A lua que iluminava seus sonhos...

Sonhos? Seriam eles a raiz de todas as angústias?

A lua. Tão sorridente.
A lua. Tão branca.
A lua. Tão encantadora.
A lua. Tão confortavelmente bela.
A lua...

Não seria maravilhoso caminhar nela?
Não seria magicamente mágico ir até ela e observar a Terra?

...

E assim, sua mente a levava para outro lugar. Um lugar bem distante da realidade.

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