Feliz dia da "Independência" do Brasil
Hoje é aquele maravilhoso dia em que vamos
a rua principal da cidade contemplar nossas crianças desfilando alegres na
comemoração do dia da Independência de nossa pátria amada idolatrada salve
salve.
No entanto, o tão falado 7 de Setembro de
1822 foi esplendor pra quem mesmo? Não sei, mas fatos estranhos ocorreram na época
para ser chamado de independente. Dom Pedro II, além de ser descendente direto
da coroa portuguesa, continuou dominando o país como monarca e ainda implantou
um poder moderador que “metia seu nariz” em todos os outros três poderes. Isso
é ser independente?
Portugal só oficializou a “independência”
do país, assim que uma quantia significativa fosse depositada em sua conta bancária.
Muita ironia já que o fabuloso Dom João, ao deixar o país, levou consigo
toda a grana do “tesouro nacional”¹. Logo, a única solução foi pedir emprestado
o dinheiro a “boa mãe” Inglaterra que estava feliz demais com a negociação toda.
Traduzindo, o primeiro ato do Brasil “independente” foi arrumar uma divida
externa. Isso é ser independente?
O legal é saber que a população brasileira,
desde os primórdios, nunca se manifestou politicamente falando para começar um
processo desse porte. A tão admirada independência aconteceu não por meio do
povo brasileiro, porém de uma elite que pensava em seus próprios interesses. Criou-se
então esse conformismo político que vemos até hoje. Diante disso, se tem que o
fato de alguns cidadãos terem aversão à política é hereditário.
Dentre estas e outras curiosidades, vale
ressaltar que apesar da “independência ou morte”, os negros continuaram sendo
escravos e até hoje são chamados de macacos. E os índios ainda lutam por seu
direito a um pedaço de terra que foi tomado pelos portugueses e nunca devolvido.
De mais a mais, só cabe a brava gente
brasileira contemplar esse belo feriado e relembrar que apesar de “independentes”
nosso país só tornara-se república após 67 anos daquele grito a margens do
Ipiranga.
¹Não era bem um tesouro nacional, era uma espécie
de banco, mas tesouro nacional é mais poético.
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