Em crise parte II ft. Rango


Rango é um personagem do Johnny Depp, no original, mas para mim é totalmente só dele porque é muito a cara dele, que se parece muito comigo. O chapeleiro maluco também parece, em alguns aspectos, mas não quero falar sobre isso. 
Não que eu seja muito o Rango, eu tenho um nome e perdi minhas barbies sem cabeças há um tempinho, sem contar que eu não tenho um talento nato para ser outra pessoa. Só sou eu, na maioria das vezes.
A coisa toda é que o Rango é um forasteiro que ainda não encontrou o seu lugar ao sol, apesar de estar perdido em um deserto. Às vezes, quase sempre, eu me sinto assim, uma pessoa fora de seu mundo, como se pertencesse a outro lugar ou me sinto como se fosse alguém que ainda não descobriu seu lugar no mundo. 
Na verdade, eu ainda não fui a nenhuma cidade parada no tempo, na qual as pessoas fazem uma dança para pegar água. Então, talvez eu tenha que encontrar esse lugar ou esse lugar seja dentro de mim mesma. 
Talvez o problema seja que o meu Rango interior ainda não encontrou sua própria cidade interior que está no interior de minha própria alma. Não faz sentido, mas o Camaleão aceitou ser o Rango, foi uma coisa que saiu de dentro e assim ele descobriu seu lugar na cidade esquisita. Logo, eu devo aceitar ser... a Janaína (?). Não, o Rango era descolado...
Bom, o fato é que enquanto o Seu Jorge se perde nos sorrisos alheios, eu me perco em meus próprios pensamentos. Sério, esses dias mesmo, estava pensando que aquele papo de "somos iguais em nossas desigualdades" só funcionaria se as pessoas fossem como os carros.
Eu sei que desde muito cedo a gente aprende que os carros são como as lanchas, mas as pessoas são diferente dos carros. E os carros são iguais em suas desigualdades.  Por exemplo, quando há um engarrafamento não importa se você tem um Sandero, um Duster, um Gol ou Honda Civic, vai ficar todo mundo no mesmo lugar. A não ser que seja o carro do Nick Fury em Capitão América II.  
Além disso, todos os carros possuem a mesma função, então, querendo ou não, eles são iguais, uns mais lerdos, outros, dizem, mais econômicos, entretanto,  todos servem para a mesma coisa.
As pessoas são diferentes em tudo e cada pessoa tem sua história. Agora, todos os carros possuem a mesma história. Eles são montados, moldados, pintados, testados, vendidos, trocados, batidos e etc...
Mas em uma coisa todo mundo deve ser igual: talvez, de uma forma ou de outra, todo mundo queira encontrar o seu lugar e assim como eu  ou o Rango um dia todo mundo tem que despertar para o mundo real.

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