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Mostrando postagens de 2014

Tão... fascinante!

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Um inseto espatifado em um para-brisa, essa era a definição perfeita para o modo como ele se sentia.  Pensou em todos os seus amores perdidos, incorrespondidos ou impossíveis. De todas os sentimentos que já o atormentara esse, com toda a certeza, era o pior. Seu coração doía como lhe dói o estômago quando ele está vazio. Aquela dor o consumia como aquele inseto outrora sugava todo o néctar de uma flor. Fazia quase um mês desde a última vez que vira Laura. Estava perdido sem ela. Parecia que ninguém no mundo era mais interessante que ela. Ninguém possuía um jeito de falar sobre tudo tão cativamente bem. Quando conversava com ela, sentia que o mundo inteiro havia sucumbido. Não ouvia mais nada somente o som daquela voz doce e aconchegante. Havia guardado em seu coração cada palavra exuberante que ela falava. Era capaz de reproduzir quase todas as conversas que tivera com ela. Aah Laura, Laura... Por que suas palavras são tão fascinantes? Mas agora, palavras não era...

Do heroísmo ao altruísmo (des)necessário

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Assistindo a Ender's Game - O Jogo do Exterminador, eu notei que nunca parei para pensar no altruísmo que envolve o mundo dos super-heróis. Olha que eu já assisti a animação do Hércules um milhão de vezes.  Para ser um verdadeiro herói, basta renegar sua própria vida em prol da humanidade. No longa-metragem, você acompanha o que eles chamam de formação de um líder, mas, na realidade, eles estão tentando formar heróis que sacrifiquem sua própria vidinha infantil para salvar o mundo. No desenrolar do enredo, eu fiquei tentando imaginar um mundo sem heróis,  sem HQs ou filmes que contem a vida de alguém com superpoderes ou alguém podre de rico,  mas é difícil. Parece que as pessoas precisam acreditar nisso. Acreditas nesse altruísmo, mesmo que seja ficcional.  Estou tentando problematizar a coisa toda, entretanto parece que minhas incógnitas já foram pensadas e respondidas. Por exemplo: "os heróis são necessários, mas poderiam ser menos perfeitos", então fi...

"Medo que dá medo do medo que dá!"

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Acho que estou quase no mesmo patamar que o Coragem, O Cão Covarde, sério! Ultimamente, de dez coisas que eu sinto, sete estão relacionadas ao medo. Consequentemente, nos últimos dias, eu só converso sobre os meus medos. Não importa se é falando comigo mesma ou com terceiros. Engraçado, quase todas as pessoas dizem que é normal sentir medo, mas, para mim, não está sendo normal. O medo é uma sensação esquisita. Ele chega devagar, sem pedir nada, e, logo, toma conta de seu coração. Além disso, ele te deixa completamente sem atitude, às vezes. As incertezas são tantas que me sinto perdida. Perdida como um viajante que acaba de chegar em uma cidade nova sem um mapa. Igual aquele casal de carros no filme Carros. No entanto, eu não sou ignorante ao ponto de não querer um GPS. Talvez o GPS esteja bem na minha frente, mas eu não consigo pegá-lo por medo. É provável.  Na realidade, me sinto perdida porque, de fato, minha bússola não aponta para o norte. Na maioria das vezes, eu t...

Só queria saber voar

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Ás vezes, me sinto como um pássaro preso em uma gaiola que nunca conheceu a real potência de suas asas. Ele nunca voou, por isso, desconhece sua própria capacidade. Não sabe o porquê de estar preso. Mas sempre acompanha, com o olhar, os outros pássaros em seus voos magníficos. Às vezes, ele sonha com sua liberdade. No entanto, ao acordar, a realidade vem à tona como um fogo consumindo todos os seus sonhos. Mas ele continua lá... admirando os pássaros livres e sonhando alto.  Ele continua lá...

Borboletas coloridas

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As coisas são tão mais fáceis quando se é criança. Quando você cresce, o mundo deixa de ser tão colorido. Como acontece naquele episódio de As meninas superpoderosas. No entanto, o palhaço que deixa tudo cinza, no nosso caso, é o tempo. As crianças são seres capazes de ficarem felizes por coisas relativamente normais. Como por exemplo: subir em um ônibus. Observava uma menina toda feliz puxando o seu pai parecia que ele era seu pai para pegar a condução que a levaria a algum lugar. Subitamente, lembrei de uns tempos atrás quando a coisa que eu mais amava no mundo era viajar de ônibus. Mas, de repente, você cresce e aprende que se locomover de carro é mais rápido do que de ônibus. Particularmente, enquanto adolescente, eu ainda curto viajar de ônibus. Tirando a parte que odeio sentar com estranhos fico achando que todo mundo vai furtar minhas coisas porque quando senta alguém do seu lado, se estiver de fones, você não pode cantar junto. Ao invés disso, fica se segurando e t...

Internamente

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“As palavras, elas são tão intrigantes” – pensou quase subitamente. – “Elas têm o poder de melhorar ou piorar o dia de alguém, a escolha é sua.  Além disso, elas são tão intrometidas.  Saem quando não deveriam e quando deveriam não saem, como se tivessem vontade própria ou até mesmo vida própria” Quando ele precisou as palavras não estavam lá para ajudá-lo, mas elas estavam lá fazendo-o reclamar sem parar e sem perceber que isso incomodava os outros ao seu redor. Agora, estava decidido a reclamar daquilo que, em sua mente, o fazia reclamar. “Talvez, a culpa não seja das palavras, talvez a culpa seja minha mesmo. A culpa é toda minha e dessa bendita mente bagunçada” – agora tudo caminha para outra direção. A mente. A mente desfragmentada que, ... - “... não consigo! Talvez seja por falta de autocontrole...” – na maioria das vezes, atrapalham as pessoas a pensarem corretamente ou verem o mundo como ele realmente é. - “DROGA! Tudo seria melhor se eu fosse um cara equilib...

Talvez lilás não seja branco!

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Eu disse tantas vezes a você que não conseguiria e você passou a achar que era drama e não insegurança. Quando eu precisei de ajuda você estava lá, mas quando precisei de ajuda pela milésima vez você quis me mostrar que eu tinha que aprender a esperar. Todas as vezes que eu chorei, talvez por coisas insignificantes, você estava lá para rir. E quando eu quis fazer as coisas do meu jeito, você estava lá para dizer que lilás não era branco! Eu reclamei tantas vezes ao invés de ficar em silêncio, mas você ainda estava lá. Quando eu disse de novo que não conseguiria e que desistiria, você disse para eu realmente desistir. Mas eu não tive essa coragem. A cada passo próximo do fim, eu arrumava um novo problema, mas você estava lá para dizer: “não esquenta com isso”. E você estava lá para dizer que lilás não era branco! Quando eu disse pela enésima vez que não conseguiria, você estava lá para dizer: “se vira”. Quando eu chorei pela enésima vez, você estava lá para dizer ...

[...] nem na China

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Andei pensando nas reviravoltas da vida. Não especificamente da minha vida porque não há quase nenhuma, mas  pensava na vida como um todo. As coisas acontecem tão repentinamente. Hoje você está aqui e, de repente, não está mais. Você se acostuma com as coisas, de repente, tudo muda. Então, nós percebemos que não temos controle de nada, pois a mudança ocorre sem ao menos pedir licença. Acostumados com a rotina, nós nunca lembramos que o “amanhã pode nem chegar”. Talvez, isso seja mais clichê que casas enfeitadas nessa época do ano, mas, volto a dizer, nunca lembramos. Sempre esperamos algo drástico acontecer para começar a refletir sobre a imprecisão da vida. Contudo, depois de um certo tempo, voltamos a viver normalmente.  Há uma probabilidade das teorias do David Hume estarem certas. O Sol pode não nascer amanhã ou a gravidade não exista de fato. Talvez, as cosias aconteçam todos os dias da mesma forma porque acreditamos que elas acontecerão, então quando elas mud...

Desajeitadamente

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Aquele momento que você fica assim... sei lá... sem saber o que dizer. Então, você não consegue pensar direito ou falar exatamente o que está pensando porque tudo fica tão... sei lá... talvez, confuso. Não sei se confuso é apropriado. Talvez, seja. Sei lá, a vida muda tudo tão de repente. O tempo passa tão rápido. Talvez, o tempo seja o culpado por tantas pieguices. Pelo menos, eu sei que ele é único culpado por tantas nostalgias. Sei lá, talvez seja tudo coisa da minha cabeça. Talvez, esse seja o problema, eu não consigo ver as coisas como elas realmente são. Talvez... Talvez... Talvez... Talvez... Sei lá!

Ocasionalmente

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Às vezes, você para para pensar e percebe que certas coisas não fazem sentido. Às vezes, você olha a sua volta e repara que nem sempre tudo será claro. Às vezes, você sente como se sua vida estivesse tomando um rumo drasticamente diferente de tudo o que você já viveu. Às vezes, você sente como se estivesse nadando, nadando, nadando e não chegando a lugar algum. Às vezes, você acha que tudo não passa de mera ilusão, de repente você tem total certeza disso. Às vezes parece que a vida é de um jeito, de repente parece que ela é completamente diferente. Às vezes, você se incomoda com as atrocidades que acontecem no mundo,  de repente você se sente totalmente acomodado. Às vezes, o tempo passa rápido demais, de repente ele está devagar quase parando. Às vezes, tudo o que você deseja é sumir, de repente você se acostuma com os pesares. Às vezes, você só quer que tudo termine, de repente você deseja recomeçar.

O que você vai ser quando crescer?

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“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.” (I Co 13.11)  Quando eu era   ainda sou   menina, responder o título dessa postagem era super fácil. Até porque quando se é criança, qualquer coisa que você fala e/ou faz é lindo e maravilhoso. MAAAAS, quando você cresce a coisa fica mais embaixo responder a pergunta não é mais tão fácil. Pois, não se trata mais de "pensar rápido". Agora, a resposta não é só uma resposta. Às vezes você acorda se sentindo inútil,   a gente somos inútil,   por não saber o quão impactante é a resposta ou você ainda não faz ideia do quanto já cresceu e deveria fazer alguma coisa em relação a mesma. Dizem que o tempo é a resposta pra tudo, mas o tempo é tão incontrolável que você começa a pensar se realmente tudo depende do tempo. Todavia, é muito difícil pensar no tempo. Uma vez que em um dia você tem 8 oito anos e do na...

Síndrome de Davy Jones

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A casa estava em silêncio como era de se esperar. Tudo estava escuro como a noite fria. Enrolara-se na toalha e saíra do banheiro. Estava exausta, pensava no seu dia corrido e no que tinha que fazer quando a aurora chegasse. Estava tão distraída em seu próprio mundo que mal percebeu quando chegou ao quarto. Acendeu a luz e de repente saiu da escuridão um vulto que a atacara. Foi fácil até demais entrar pelos fundos. Ele ficou esperando-a, ouvia o barulho do chuveiro. Podia escutar cada gota percorrendo seu corpo e caindo no chão. Pareceu ser o banho mais demorado que ele já vira. Passaram-se dez minutos, mas foram os dez minutos mais demorados de toda a sua vida. Ouviu os passos dela na escuridão. Quando ela acendeu a luz, foi o tempo de atacar. Apunhalou-a no peito e a viu desfalecer. À medida que ela caia, ele arrancou seu coração. Agora, fizera com ela o mesmo que ela tinha feito a ele. Arrancara seu coração friamente sem se importar com ela. De uma coisa ele estava mais ...

Livre?

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Sentia-se livre como um pássaro em uma gaiola. Resolveu pular e fugir de tudo aquilo que lhe prendia. Mas não podia, as correntes eram maiores do que imaginava. Tentou não entrar em desespero e pensar direito, entretanto, a vontade de ser livre a consumia de um jeito tão... insaciável.   Parecia que não existia nenhuma forma de fugir. Se pensar em falar, não poderá dizer bobagens, pelo menos, não de um jeito que incomoda outras pessoas. Se pensar em escrever, não poderá fugir da norma padrão culta ou suas ideias terão que ocupar o limite do espaço dado. Não pensa em viajar por falta de recursos, mas fugir assim resolveria? Pensou no jeito mais clichê para escapar da prisão: se acomodar com o fato de estar presa, contudo fingir que está livre. Assim, não veria mais a si mesma como uma prisioneira, mas como uma pessoa comum exercendo seu próprio direito de liberdade.

#SomosTodosNúmeros

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Você acorda pensando que hoje é o dia, por ser o último dia do ano que irá as urnas. Então, bate aquele sentimento que te faz pensar que acordou para mudar algo. No entanto, esse tal sentimento é massacrado assim que você chega ao local de sua seção. Você nota que não passa de alguém esperando na fila. De repente, vê seu nome em uma lista, mas ele é facilmente transformado em números, pois é a única forma de você ser liberado para definitivamente votar. Não existe nada mágico nisso tudo, no final, tanto faz se você tem argumentos plausíveis sobre o que você pensa ser o melhor. O único modo se expressar é transformando toda a sua capacidade argumentativa em um único número. Pluft! Você exerceu seu papel como cidadão teclando meros números.  Depois de tudo, só resta a você esperar ansiosamente pelo final do dia, no qual, talvez você se torne um 0,00000000001% da taxa de quem votou no seu candidato. Ficamos conformados porque é  exatamente  assim que decidimos...

Na real, o que querem que eu faça?

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    Vivo em uma sociedade super consumista, na qual consumir é muito mais valioso para o sistema do que eu mesma. No entanto, as pessoas ainda querem que eu seja consciente. Há momentos que desejam que eu reflita sobre a vida e pense a longo prazo, mas tudo o que me oferecem é o imediatismo. Querem que eu seja mais crítica e menos alienada, mas tudo o que me oferecem são inverdades em forma de jornalismo. Querem que eu ame meu país, mas que eu ame como os norte-americanos amam sua pátria. Querem que eu pense no próximo, mas me oferecem um egoísmo quase inato. Querem que eu seja verdadeira, mas dizem por aí que a verdade dói. Querem que eu me ame, mas gritam todo o dia como devo ser. Querem que o meu consumo seja consciente, mas falam isso em 30 segundos, os outros 4 minutos e meio, aproveitam para mostrar como consumir insanamente. Querem que eu pense, mas me oferecem a Globo. Querem que eu siga meus sonhos, mas sem fugir da realidade absoluta. Querem ...

Medo, a palavra assustadora

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Começou o horário de verão, isso significa que está se aproximando a época em que o cérebro automaticamente se acostuma com todo o ritual comercial que rodeia o Natal. Se prepare para  o golpe do século  as mesmices de sempre. Daqui a pouco, começa a circular aquela música que diz: “todos os sonhos serão verdade”. Serão mesmo? Às vezes parece que os sonhos nunca deixarão de ser meros sonhos. A vida ou o medo não permite que eles se tornem verdade? Às vezes, você acorda de manhã e percebe que a vida não é um sonho. A vida não é um filme. A vida é... Oras! Eu sei exatamente como é um sonho ou um filme, mas eu não sei dizer como a vida é. Talvez, ela seja o real, mas o que é real? O real seria o balde de água fria que congela nossos sonhos ou o medo é o balde? Por aí se canta que "o medo cega os nossos sonhos", isso é tão real que amedronta. É compreensível que o medo afoga até os excelentes nadadores. Além disso, já dizia o poeta: "Provisoriamente não cant...

Estranhezas

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Um sentimento estranho domina meu coração quando penso que falta exatamente um mês para eu deixar de ter 18 anos. Na realidade, essa história toda de aniversário é completamente estranha. Uma vez que nesses momentos ficamos totalmente nostálgicos   pelo menos eu fico  e passamos a pensar no tempo. O tempo é tão esquisito. Esquisito porque é completamente doido pensar que há 18 anos, meus pais mal viam a hora de eu completar um ano de vida. No entanto, também é muito estranho pensar que há um ano eu mal via a hora de completar 18. Para falar a verdade, eu queria era ter idade suficiente pra que She will be loved fosse minha música.  Desenterrando a verdade, eu realmente esperava que um dia fosse ver o Johnny Depp tocando violão enquanto o Adam Levine canta a música e o Chris Evans me abraça ou algo do tipo.   Okay apague isso de sua memória!   Quando era menor achava um máximo ter nascido em um feriado. Gostava de imaginar que minha mãe estava em al...

Mesmices

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Ela estava esperando no ponto como de costume. Ao entrar no ônibus estava desanimada, pois sabia que seria mais um dia, mais um pouco dessa rotina desgastante. Talvez fosse melhor nem ter acordado, pensara. Tudo estava acontecendo conforme a normalidade de todos os dias. Até ela ver o cobrador mais lindo que já tinha visto até o momento. Na verdade, ele era o cara mais gato de toda sua vida. Respirou fundo e agiu naturalmente, conforme a rotina. Sentou em um banco estratégico, no qual ela conseguia observar o moço. Passou uma boa parte do trajeto imaginando qual seria a vida do cobrador, se era solteiro, se gostava das mesmas coisas que ela, se... se... Oras! Onde estava com a cabeça? Era só falar com ele. Algo a prendia na cadeira, não encontrava coragem para levantar. Afinal, o que falaria? “Prazer, meu nome é te achei muito gato, tem namorada?”. Pelo amor de Deus, ficarei aqui mesmo sentada até momento da minha descida. Não conseguia parar de observar o cobrador. Parecia...

Só não repare a bagunça!

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Ao lembrar de quando era criança que não foi a muito tempo , recordei que eu quase sempre tentava entender porque meu nome era meu nome. Imaginava como seria se tivesse outro nome. Às vezes também tentava me ver como outra pessoa, por mais que me sentia esquisita nesses momentos, sempre achava que os outros também faziam o mesmo.          Não sei por qual razão lembrei disso, contudo este pequeno devaneio comprova que minhas crises de identidade existem desde muito cedo. Analisando aprofundadamente, existiu uma época em minha vida que eu queria trocar de nome. Para falar a verdade, foi mais de uma. Quando era menor, queria trocar meu nome porque ele não era comum e eu achava estranho quando alguém me chamava. Até hoje às vezes acho estranho quando alguém diz “Janaína”, pois acostumei só com “Jana”. No entanto, se a pessoa me chama de “Jana” todos os dias, tenho uma leve sensação estranha quando ela fala “Janaína”. Além disso, acho mais e...

O maravilhoso mundo das caixas

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Cheguei e magicamente a porta abriu. Ao entrar encontrei um mundo maravilhoso, no qual há várias caixas espalhadas pelo enorme recinto. Cada caixa é toda enfeitada a sua maneira. Cada uma tem um poder especial que me atrai de algum modo, me fazendo querer pegá-la, acariciá-la, levá-la para casa. No entanto, essa caixa especial não é livre. O único defeito dela é que para levá-la tenho que, de todo o coração, deixar certa quantia de papel mágico. Ao colocar as mãos no bolso, percebi que não tinha papel nenhum, então resolvi sair do espaço da caixa. Mas ao chegar lá fora, entre um pequeno espaço de uma caixa a outra, notei que todos em minha volta estavam com suas respectivas caixas felizes e saltitantes. Repentinamente, me senti como se não pertencesse ao lugar. Tentei falar com uma mulher que segurava duas caixas em cada mão, entretanto ela me ignorou completamente. Não sei por que, mas me senti mal. Pior ainda foi quando vi que a mesma mulher atendeu outra pessoa, mas essa esta...

Questão de tempo

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Quanto vale um minuto? Pra quem está esperando muito, pra quem está atrasado pouco! Pra quem chora muito, pra quem ri pouco! No microondas muito,  no Facebook pouco! Pra quem ama pouco, pouquíssimo,  pra quem está na fila do pão? Muito, muitíssimo!

Probabilidades

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Talvez seja quase impossível observar as atrocidades da vida e não ter vontade de querer mudar. Não sabemos o que podemos fazer para contribuir com a construção de um mundo melhor, mas às vezes sentimos como se pudéssemos fazer algo, como se fossemos responsáveis pela mudança do país ou do mundo. A sociedade é tão corruptível que fica cada vez mais difícil não sonhar com um mundo melhor, no entanto, o complicado é descobrir como mudar ou por onde começar. Não se sabe ao certo até que ponto conseguiremos mudar, mas ainda assim ansiamos pela mudança. Ansiamos com o dia em que faremos a diferença nessa sociedade. Entretanto, nossas rotinas sugam toda a nossa vontade de querer mudar. Por isso, cansados de racionar e não conseguir pensar em nada, criamos o hábito de dizer que não cabe a nós mudar alguma coisa, mas sim a nova geração. A música diz: “ eu ponho fé é na fé da moçada ”, porém será que se não contribuímos de algum jeito, essa moçada conseguirá não fugir da fera e enfre...

Reclamações? Ligue para o Procon!

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Essa semana foi um pouco tensa pra mim. Eu não sei o motivo certo, mas todo mundo resolveu jogar na minha cara o quanto eu só reclamo, na verdade, foram somente quatro pessoas, no entanto, o que elas falaram me tocou profundamente por diversos motivos. Primeiro, eu não acho que seja reclamações o que eu faça, porém contestações. Principalmente porque eu me vejo no direito de contestar tudo. Não sei por que, mas eu tenho essa mania, seja ela boa ou ruim. Às vezes eu acho que se não me manifestar, um meteoro que não é dá paixão caíra na minha cabeça. Mentira, eu não penso assim, entretanto seria uma boa justificativa para minhas supostas reclamações. Ultimamente tenho pensado que   pensei nisso hoje  talvez as minhas reclamações resultem do fato da minha vida não ser um filme. Existem muitas frustrações nesse contexto todo, mas quando a situação fica feia não tem um "escape" que me livre de tudo igual acontece na maioria dos longas. Por exemplo, nos momentos que eu ...

Feliz dia da "Independência" do Brasil

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Hoje é aquele maravilhoso dia em que vamos a rua principal da cidade contemplar nossas crianças desfilando alegres na comemoração do dia da Independência de nossa pátria amada idolatrada salve salve . No entanto, o tão falado 7 de Setembro de 1822 foi esplendor pra quem mesmo? Não sei, mas fatos estranhos ocorreram na época para ser chamado de independente. Dom Pedro II, além de ser descendente direto da coroa portuguesa, continuou dominando o país como monarca e ainda implantou um poder moderador que “metia seu nariz” em todos os outros três poderes. Isso é ser independente? Portugal só oficializou a “independência” do país, assim que uma quantia significativa fosse depositada em sua conta bancária. Muita ironia já que o fabuloso Dom João, ao deixar o país, levou consigo toda a grana do “tesouro nacional”¹. Logo, a única solução foi pedir emprestado o dinheiro a “boa mãe” Inglaterra que estava feliz demais com a negociação toda . Traduzindo, o primeiro ato do Bra...